Depois de sete meses exaustivos de tratamento de um câncer na mama, finalmente marquei a minha cirurgia.
Apesar de a quimioterapia ser a pior fase, existe ainda a angústia e ansiedade do término do tratamento, passando pela cirurgia, que serão em duas etapas.
Mas agora, felizmente, volto a sentir o gosto das comidas deliciosas feitas pela Isabel e pelo meu marido R.
Os meus cabelos começam a nascer lentamente e passo horas em frente ao espelho tentando enxergar os meus cílios e minhas sobrancelhas.
Queria ganhar os meus cabelos de presente de aniversário, mas acho que eles serão mesmo, um belo presente de natal.
Mas para ser sincera, o meu presente de aniversário será o restabelecimento da minha saúde, pois no dia primeiro de julho, vou fazer a cirurgia para retirar o câncer da mama e fazer a sua recomposição.
Segundo o meu médico Dr. Gabriel, preciso abrir aqui um parêntese (a semelhança com o arcanjo não é somente no nome), estar sempre com um lindo sorriso nos lábios dá mais leveza ao tratamento e ajuda no restabelecimento da nossa saúde.
O Dr. Gabriel Almeida Silva Junior é mastologista, ginecologista e faz parte do corpo clínico do Hospital das Clínicas.
Engraçado que minha querida terapeuta Carminha, que volta a me acompanhar depois de 30 anos, diz a mesma coisa.
Há duas semanas venho fazendo exames e consultas para o pré-operatório e digo que essa é a segunda pior fase do tratamento, perdendo somente para a quimioterapia e para quem tem fobia de quase tudo, a ressonância magnética das mamas quase empata com a quimio.
Apesar da adversidade que é o câncer, eu sou mesmo uma mulher de sorte, pois além de deixar de ser tão ansiosa, aprendi a esperar sempre o melhor, ou seja, ter ESPERANÇA.
Também existe a alegria de ver a minha história mexer positivamente com algumas pessoas.
Vira e mexe escuto uma amiga dizendo que precisa ir ao mastologista, ginecologista, que precisa aprender a levar uma vida com mais alegria e leveza, reduzindo o stress ou simplesmente passar mais tempo com a família e amigos.
Como diz o meu marido R: “Na vida somos alunos ou professores”.
Os amigos antigos, os novos e os novíssimos estão sempre com uma palavra amiga e um apoio irrestrito.
São eles que nos apoiam e são verdadeiras bênçãos em nossas vidas.
É também o momento do retorno à família.
Nunca fui tão “paparicada” por todos, afinal, família grande tem lá suas vantagens.
As orações, preces e energias que recebo de todos, não importando a sua fé, vinda de diversos lugares, são uma força especial nesta caminhada, um bálsamos para a alma.
Nas duas próximas semanas, estarei aqui conectada com toda essa energia de amor, me preparando mentalmente e espiritualmente para a cirurgia.
E no dia 29 de julho, quero estar com os amigos queridos e familiares, celebrando e brindando simplesmente a VIDA.
Lucia Faria
quarta-feira, 22 de junho de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Aprendendo com a vida...
"O que somos é um presente de Deus.
O que nos tornamos é o nosso presente para ele."
O que nos tornamos é o nosso presente para ele."
Aprendiz (viver apesar) 1
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
MATANDO UM LEÃO POR DIA - Pierre Schurmann...
"Com grandes desafios, nos tornamos grandes."
Outro dia, tive o privilégio de fazer algo que adoro: fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos. Gosto disso. São raras as chances que temos de escutar suas histórias e absorver um pouco de sabedoria das pessoas que já passaram por grandes experiências nesta vida.
Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios. Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele:
-"Pois é. Empresário, hoje, tem de matar um leão por dia".
Sua resposta, rápida e afiada, foi:
-"Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele".
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
- "Deixe-me lhe contar uma história que quero compartilhar com você".
Segue, mais ou menos, o que consegui lembrar da conversa:
"Existe um ditado popular antigo que diz que temos de "matar um leão por dia".
E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão.
A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase.
Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão.
Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia?
Pois bem.
Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma.
Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado!
A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente.
Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar alguém, que hoje é nosso diretor-geral.
Este "fracasso" me fez pensar muito.
O que fiz de errado no meu plano de sucessão?
Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: a culpa foi do leão”.
Novamente, eu fiz cara de surpreso.
O que o leão tinha a ver com a história?
Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:
- "É. Pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma.
Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles.
Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos.
Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada, que era o mais importante.
Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios.
Com grandes desafios, nos tornamos grandes.
Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos.
Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser.
Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele.
Que a metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso.
Porque o dia em que o leão, em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.”
Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão.
E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer, ser mais forte, e "me virar" nesta selva em que vivemos.
A capacidade de luta que há em você, precisa de adversidades para revelar-se.
(Pierre Schurmann)
“Tudo deveria se tornar o mais simples possível, mas não simplificado” (Albert Einstein)
Outro dia, tive o privilégio de fazer algo que adoro: fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos. Gosto disso. São raras as chances que temos de escutar suas histórias e absorver um pouco de sabedoria das pessoas que já passaram por grandes experiências nesta vida.
Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios. Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele:
-"Pois é. Empresário, hoje, tem de matar um leão por dia".
Sua resposta, rápida e afiada, foi:
-"Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele".
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
- "Deixe-me lhe contar uma história que quero compartilhar com você".
Segue, mais ou menos, o que consegui lembrar da conversa:
"Existe um ditado popular antigo que diz que temos de "matar um leão por dia".
E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão.
A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase.
Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão.
Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia?
Pois bem.
Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma.
Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado!
A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente.
Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar alguém, que hoje é nosso diretor-geral.
Este "fracasso" me fez pensar muito.
O que fiz de errado no meu plano de sucessão?
Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: a culpa foi do leão”.
Novamente, eu fiz cara de surpreso.
O que o leão tinha a ver com a história?
Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:
- "É. Pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma.
Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles.
Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos.
Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada, que era o mais importante.
Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios.
Com grandes desafios, nos tornamos grandes.
Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos.
Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser.
Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele.
Que a metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso.
Porque o dia em que o leão, em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.”
Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão.
E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer, ser mais forte, e "me virar" nesta selva em que vivemos.
A capacidade de luta que há em você, precisa de adversidades para revelar-se.
(Pierre Schurmann)
“Tudo deveria se tornar o mais simples possível, mas não simplificado” (Albert Einstein)
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Aprendendo a unir o agradável ao agradável...
O tratamento de um cancêr de mama, não deve ser encarado somente como uma batalha pessoal pela saúde e pela vida.
Em alguns momentos, o que chamamos de doença, muitas vezes se torna um "mestre" que nos ensina a mergulhar fundo dentro de nós mesmos, para que possamos realmente nos conhecer e mudar coisas, que antes, nem nos dávamos conta.
Esse processo é muito revelador.
É preciso reavaliar a nossa relação com tudo, todos e deixar ficar somente o que realmente importa.
Reavaliar a nossa relação com as pessoas, família, alimentação, trabalho, dinheiro, amor e aprender a sutil diferença entre lazer e prazer.
Pensando nisso, resolvi compartilhar com vocês esse texto que eu adorei.
HEDONISMO (José A. Pimentel)
Eu li em um dos livros do Ruy Castro que, ainda mais legal do que unir o útil ao agradável, é unir o agradável ao agradável. A exaltação do desfrute. Há tempos venho ruminando sobre isso. Conheço muitas pessoas que vão ao cinema, a boates e restaurantes e parecem eternamente insatisfeitas. Até que li uma matéria com a escritora Chantal Thomas na revista República e ela elucidou minhas indagações internas com a seguinte frase: "Na sociedade moderna há muito lazer e pouco prazer". Lazer e prazer são palavras que rimam e se assemelham no significado, mas não se substituem. É muito mais fácil conquistar o lazer do que o prazer. Lazer é assistir a um show, cuidar de um jardim, ouvir um disco, namorar, bater papo. Lazer é tudo o que não é dever. É uma desopilação. Automaticamente, associamos isso com o prazer: se não estamos trabalhando, estamos nos divertindo. Simplista demais. Em primeiro lugar, podemos ter muito prazer trabalhando, é só redefinir o que é prazer. O prazer não está em dedicar um tempo programado para o ócio. O prazer é residente. Está dentro de nós, na maneira como a gente se relaciona com o mundo. Chantal Thomas aborda a idéia de que o turismo, hoje, tem sido mais uma imposição cultural do que um prazer. As pessoas aglomeram-se em filas de museus e fazem reservas com meses de antecedência para ir comer no lugar da moda, pouco desfrutando disso tudo. Como ela diz, temos solicitações culturais em demasia. É quase uma obrigação você consumir o que está em evidência. E se é uma obrigação, ainda que ligeiramente inconsciente, não é um prazer. Complemento dizendo que as pessoas estão fazendo turismo inclusive pelos sentimentos, passando rápido demais pelas experiências amorosas, entre elas o casamento. Queremos provar um pouquinho de tudo, queremos ser felizes mediante uma novidade. O ritmo é determinado pelas tendências de comportamento, que exigem uma apreensão veloz do universo. Calma. O prazer é mais baiano. O prazer não está em ler uma revista, mas na sensação de estar aprendendo algo. Não está em ver o filme que ganhou o Oscar, mas na emoção que ele pode lhe trazer. Não está em faturar uma garota, mas no encontro das almas. Está em tudo o que fazemos sem estar atendendo a pedidos. Está no silêncio, no espírito, está menos na mão única e mais na contramão. O prazer está em sentir. Uma obviedade que merece ser resgatada antes que a gente comece a unir o útil com o útil, deixando o agradável pra lá.
Em alguns momentos, o que chamamos de doença, muitas vezes se torna um "mestre" que nos ensina a mergulhar fundo dentro de nós mesmos, para que possamos realmente nos conhecer e mudar coisas, que antes, nem nos dávamos conta.
Esse processo é muito revelador.
É preciso reavaliar a nossa relação com tudo, todos e deixar ficar somente o que realmente importa.
Reavaliar a nossa relação com as pessoas, família, alimentação, trabalho, dinheiro, amor e aprender a sutil diferença entre lazer e prazer.
Pensando nisso, resolvi compartilhar com vocês esse texto que eu adorei.
HEDONISMO (José A. Pimentel)
Eu li em um dos livros do Ruy Castro que, ainda mais legal do que unir o útil ao agradável, é unir o agradável ao agradável. A exaltação do desfrute. Há tempos venho ruminando sobre isso. Conheço muitas pessoas que vão ao cinema, a boates e restaurantes e parecem eternamente insatisfeitas. Até que li uma matéria com a escritora Chantal Thomas na revista República e ela elucidou minhas indagações internas com a seguinte frase: "Na sociedade moderna há muito lazer e pouco prazer". Lazer e prazer são palavras que rimam e se assemelham no significado, mas não se substituem. É muito mais fácil conquistar o lazer do que o prazer. Lazer é assistir a um show, cuidar de um jardim, ouvir um disco, namorar, bater papo. Lazer é tudo o que não é dever. É uma desopilação. Automaticamente, associamos isso com o prazer: se não estamos trabalhando, estamos nos divertindo. Simplista demais. Em primeiro lugar, podemos ter muito prazer trabalhando, é só redefinir o que é prazer. O prazer não está em dedicar um tempo programado para o ócio. O prazer é residente. Está dentro de nós, na maneira como a gente se relaciona com o mundo. Chantal Thomas aborda a idéia de que o turismo, hoje, tem sido mais uma imposição cultural do que um prazer. As pessoas aglomeram-se em filas de museus e fazem reservas com meses de antecedência para ir comer no lugar da moda, pouco desfrutando disso tudo. Como ela diz, temos solicitações culturais em demasia. É quase uma obrigação você consumir o que está em evidência. E se é uma obrigação, ainda que ligeiramente inconsciente, não é um prazer. Complemento dizendo que as pessoas estão fazendo turismo inclusive pelos sentimentos, passando rápido demais pelas experiências amorosas, entre elas o casamento. Queremos provar um pouquinho de tudo, queremos ser felizes mediante uma novidade. O ritmo é determinado pelas tendências de comportamento, que exigem uma apreensão veloz do universo. Calma. O prazer é mais baiano. O prazer não está em ler uma revista, mas na sensação de estar aprendendo algo. Não está em ver o filme que ganhou o Oscar, mas na emoção que ele pode lhe trazer. Não está em faturar uma garota, mas no encontro das almas. Está em tudo o que fazemos sem estar atendendo a pedidos. Está no silêncio, no espírito, está menos na mão única e mais na contramão. O prazer está em sentir. Uma obviedade que merece ser resgatada antes que a gente comece a unir o útil com o útil, deixando o agradável pra lá.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Mapa da Mina...
Adoro o mês de Abril e adoro o Outono.
Abril é o meu mês favorito e o outono, a minha estação do coração.
Fico triste, porque neste ano, ainda não consegui usufruir muito deste prazer e ando muito confusa.
Não estou sabendo nem entendendo as minhas emoções e nem os meus sentimentos.
E ainda, estou doente, com um câncer na mama e todo um tratamento desgastante, que me limita fazer o que gostaria.
Como lidar com isso?
Confesso que procurei uma psicóloga para me ajudar e achei que ela estava muito mais confusa que eu.
Uma lástima!
Mas é até engraçado essa situação.
Claro que a clareza vem mesmo de dentro para fora.
Mas também, está acontecendo tanta coisa diferente, tanta transformação.
A minha família está hoje imbuída em se transformar em uma “ verdadeira família”, capitaneada pela minha irmã e minha mãe.
Será que ainda temos tempo?
Lidar com as diferenças, com as cunhadas, o cunhado, as guerras entre irmãos, declaradas e não declaradas e o ego exarcebado de alguns, não é mesmo muito fácil.
E ainda precisamos criar intimidade, afinal, ficamos separados por tanto tempo e este quesito, não considerado por ninguém é muito importante.
sabe aquela intimidade que já temos com amigos, colegas de trabalho, clientes, empregados que nos acompanham há tanto tempo e que só a convivência nos permite ter?
E aí vem a grande questão da minha vida atual.
O que eu quero?
Ser feliz!
O que eu não quero?
Deixar-me ser manipulada pelos outros!
Aprendi que a escolha de ser feliz é uma opção que fazemos todos os dias pela manhã, quando projetamos o nosso dia.
Sempre que projetamos o nosso dia, acredito que projetamos também algumas pessoas de forma consciente e outras de forma inconsciente.
Criei então, o meu “Projeto de Vida” e as “Estratégias Comportamentais” que já estão sendo implementadas com sucesso.
O que eu quero dizer com isso?
Posso estar ainda um pouco confusa, porém estou tomando as rédeas da minha vida, e isso me deixa mais aliviada e feliz.
Ou seja, o projeto de vida e as estratégias comportamentais serão como um "Mapa da Mina", ferramentas muito úteis e transformadoras do meu trabalho como Personal Finance, colocadas em prática também na minha vida pessoal, me respondendo questões simples:
Quem sou, onde estou e onde quero estar!
Lúcia Faria
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Um dia na vida de uma paciente com câncer de mama...
Acordei pela manhã sem sentir aquela dor de cabeça infernal que quase me matava há três dias.
Meu marido R chegou de uma reunião ontem à noite e logo após a sua chegada, a minha dor de cabeça simplesmente se foi.
Ainda não entendi se era saudade ou um passe magnético à moda “Casa do Richard”.
Todas as manhãs, quem me acorda é o casal de Scottish Terrier, Scoth e Bella.
Só aí, o meu dia realmente começa.
O meu café da manhã agora é igual ao dos hotéis cinco estrelas.
A boa alimentação e a respiração bem feita são muito bem vindas em qualquer momento na vida das pessoas, mas nesta fase são mesmo fatores de sucesso do tratamento.
A alimentação tem que ser saudável e a prescrição médica tem que ser seguida à risca.
E é o que eu faço.
Sigo à risca a dieta prescrita pelo Dr. Frederico Pretti.
Vários tipos de pães, frutas, sucos, ovos, bolo, manteiga, queijo minas e café.
Tudo muito saudável e não saio da mesa com aquela sensação de ter “comido um boi”.
Sempre tive problemas com a minha alimentação.
Sou muito alérgica e o mau funcionamento do estômago e intestino, me acompanham desde muito nova.
Por isso, toda essa alegria de estar me sentindo tão bem.
Comecei a fazer ginástica com 40 anos, com o Personal Fabiano Lara, mas ele se mudou para Cuiabá e agora faço com a Marisa.
Aprendi a gostar de fazer ginástica com ela.
Com o Fabiano, ainda era por obrigação.
Não era culpa dele.
Simplesmente, malhar para mim era um sacrifício e eu realmente não gostava.
E sabe por que é Personal?
Porque é do meu tamanho.
Depois do café, tomo uma chuveirada, visto a minha roupa de ginástica, coloco o som no último volume, com a lista previamente preparada para a Marisa e começo a malhar e a aprender a respirar.
Quando assusto, passou uma hora, a aula acabou e ainda fica um gostinho de quero mais.
Em seguida, vou me arrumar para a terapia, solicitada pelo Dr. Gabriel.
Segundo ele, a terapia é fundamental para quem está vivendo esse processo.
Estou adorando a Dra. Andréa, terapeuta especializada em acompanhar pacientes com câncer.
Estou adorando a sua forma de trabalhar e ela sabe mesmo das coisas.
O meu “para casa” de hoje da terapia é desfrutar das horas que batizei de improdutivas.
Nunca soube ao certo o que isso significava.
Horas improdutivas?
O meu “registro” de horas, sempre foi o de estar fazendo alguma coisa produtiva e importante.
Não fazer nada era quase um sacrilégio para mim.
Mas quer saber?
Não fazer nada, também dá uma sensação muito boa.
Recomendo um livro muito bom que fala do assunto – “O ócio criativo”.
Então, depois de atender alguns clientes e fazer algumas atividades do Personal Finance, antes do almoço, eu resolvi parar e escrever sobre um dia na vida de um paciente de câncer de mama.
Almoço todos os dias em casa e esta hora também é muito prazerosa, pelos mesmos motivos do café da manhã.
No cardápio, legumes, cereais, pouquíssima carne e muita criatividade.
Ou seja, receita de sucesso.
Tomo todos os suplementos e remédios e aí sim, posso dar uma boa relaxada.
Fico descansando até o meu próximo cliente.
Atendo todos com a maior alegria e cumplicidade.
O dia acabando, eu adorando tudo que fiz e feliz.
Sinceramente, não sei ainda qual a diferença entre um dia de uma paciente de câncer de mama e um dia de uma pessoa saudável, mas começo a desconfiar que, tendo ou não câncer, o importante é ser feliz, se amar e se cuidar.
E por falar nisso, ganhei um vidro com gel de Aloe Vera, que segundo o meu cliente Marconi, cura o Câncer.
Vou pesquisar e prometo um post sobre:
Os efeitos curativos do Aloe Vera...
Lúcia Faria
Lúcia Faria
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
No estaleiro...
Quando eu fiz o meu “blog jardim” e comecei a escrever, quase que diariamente, fiz um compromisso de só escrever coisas bonitas e interessantes, mas infelizmente, a vida me mostrou algumas facetas nem sempre tão bonitas ou muito menos tão interessantes assim.
Então, parei um pouco de escrever e acho que isso fez parte deste processo.
Comecei a escrever em maio de 2009, mas a minha vida, de lá para cá, deu uma bela guinada de 360 graus.
Primeiro a dissolução da minha sociedade na Verde que te quero Verde, que dispensa comentários e já faz parte do passado.
Agora, trabalhando como Personal Finance, eu descobri como é importante as pessoas entrarem em contato com os seus medos para vencerem os fatores limitantes que elas têm com o dinheiro e também com uma vida de sucesso.
Toda a minha experiência profissional e fazer terapia desde os 18 anos foram fundamentais para formatação deste trabalho.
Trabalhar como Personal Finance desafia-me a cada sessão e é simplesmente fantástico e revelador.
Depois de já estar trabalhando diariamente, com clientes indo e vindo, muito feliz, acertando todas as arestas, a vida colocou-me no “estaleiro”.
Foi diagnosticado um câncer na minha mama esquerda e agora estou encarando um novo desafio - um tratamento de um ano.
Preciso apresentar para vocês o Dr. Gabriel, o meu mastologista.
Um médico muito especial e comprometido com o paciente.
Ele mostrou-me a necessidade de começar uma vida diferenciada enquanto eu estiver fazendo o tratamento.
Faço quimioterapia na Oncomed, que merece um post à parte.
Na última consulta mostrou-me também a importância de escrever sobre a doença, o tratamento e também sobre essa nova fase da vida.
Descobri que tenho que deixar essa mulher de 52 anos aparecer.
Ela estava tão escondida que nem eu conseguia encontrá-la com facilidade.
O primeiro passo é deixá-la aparecer sem reservas.
Na primeira análise que fiz sobre o essa nova fase lembrei-me de uma cena do filme “Noiva em Fuga", quando a personagem da Julia Roberts quer descobrir o seu caminho sem deixar se influenciar pelas outras pessoas.
Ela tinha estado noiva várias vezes e nem sabia mais como gostava de comer os seus ovos.
Então, quando ela percebe que sempre foi manipulada pelos noivos, família e amigos, ela faz um teste para descobrir como prefere seus ovos.
Ovo frito? Ovo coché? Omelete? Qual o tipo de ovo ela gosta mais?
Ela faz os vários tipos de ovos, experimenta todos e assim, ela descobre qual ela gosta mais.
Fazendo uma analogia com a minha vida, estou experimentando o que gosto e o que não gosto, com as devidas limitações do meu tratamento, claro.
Descobri que gosto de trabalhar com gente que quer crescer e também que quer ser desafiado.
O programa Personal Finance é muito bom para isso.
Quero conviver com pessoas que acrescentam, que tenham ética e que queiram modificar o mundo.
Pessoas que são alegres, divertidas e principalmente amigas.
Seguir o tratamento à risca é a primeira meta e reaprender a alimentar o corpo e depois o espírito um desafio.
Como sou um pouco compulsiva, às vezes, tenho a tendência de comer algo que me faz mal, mas que me remete a um prazer temporário e nesta nova fase, isso é algo que preciso abandonar.
Agora, o que fazer para alimentar a minha alma?
Tenho algumas respostas, ainda não sei exatamente, mas vou descobrir...
Lúcia Faria
Ouro Preto, 06 de fevereiro de 2011
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